2a. parte)
Explicando a Percepção Extra-Sensorial. Conceitos básicos...
Percepção extra-sensorial é um termo coletivo para várias
habilidades mentais . Essas aptidões (juntamente com outros
fenômenos paranormais) também são chamadas de psi.
Os principais tipos de "percepção extra-sensorial" são:
- TELEPATIA - capacidade de ler o pensamento de outra pessoa.
- CLARIVIDÊNCIA- capacidade de "ver" objetos e
eventos acontecendo em um outro lugar..
- PREMONIÇÃO- capacidade de ver o futuro..
- RETROCOGNIÇÃO - capacidade de ver o passado distante...e remoto...
- MEDIUNIDADE - capacidade de se comunicar com espíritos ...
- PSICOMETRIA - capacidade de obter informações sobre uma
pessoa ou um lugar ao tocar um objeto físico...
Um fenômeno muito parecido e relacionado ao tipo psi (tecnicamente
não faz parte da percepção extra-sensorial) é a "TELECINESIA"- - que é a capacidade
de alterar o mundo físico apenas com o poder da mente.
Todas essas habilidades são baseadas na idéia de que os
seres humanos podem perceber coisas além do âmbito dos conhecidos sentidos
corporais. Esse assunto está em voga desde o começo da civilização humana, sob
diversos nomes diferentes, mas a concepção moderna não se desenvolveu até a
primeira metade do século XX. O próprio termo "percepção extra-sensorial"
foi inventado em 1934, pelo professor da Duke University ( em inglês) J.B.
Rhine, um dos primeiros cientistas respeitáveis a liderar pesquisas sobre
paranormalidade em um laboraratório de universidade.
Aqueles que acreditam na percepção extra-sensorial têm diferentes
idéias sobre como essas habilidades se manifestam. Alguns crêem que toda pessoa
possui essas habilidades e que, involuntariamente, vivencia momentos de
percepção extra-sensorial o tempo todo. Outros dizem que apenas alguns poucos
paranormais, xamãs ou médiuns, têm poder especial e que só têm acesso a esse
poder quando entram em um estado mental diferenciado. A maioria desses crentes
acha que todos têm o potencial para a percepção extra-sensorial, mas que alguns
estão mais sintonizados com suas habilidades paranormais do que outros...
Entre os que acreditam também há discordância sobre como a
percepção extra-sensorial realmente funciona. Uma teoria diz que, assim como
nossos sentidos comuns, a percepção extra-sensorial é uma energia que se move
de um ponto a outro. Normalmente, os defensores dessa teoria dizem que a
energia da percepção extra-sensorial assume a forma de ondas eletromagnéticas,
assim como a luz, o rádio e o raio x, que não podemos detectar cientificamente.
Essa teoria foi bem popular no começo do século XX, mas hoje
não é aceita devido a vários problemas inerentes. Um exemplo é que a explicação
serve apenas para a telepatia, mas não para a clarividência e nem para a
premonição. Supostamente, se a informação viaja na forma de energia eletromagnética,
ela deve ser enviada por alguém, ou seja, tem de viajar de uma mente a outra.
Isso não explica o movimento das informações através do tempo ou do objeto até
a mente.
Além disso, a teoria não está de acordo com o que sabemos
sobre nós mesmos e sobre o universo. Na maioria dos casos relatados de
telepatia, a percepção extra-sensorial funciona independentemente da distância.
Isso significa que a potência do "sinal" é a mesma quando a mente
transmissora e a receptora estão na mesma sala ou em extremos opostos do
planeta. Céticos destacam que nenhuma outra forma de energia comporta-se dessa
maneira, por isso não faz sentido que isso ocorra com as "ondas psi" - palavras dos Céticos....
Diante desses problemas, a teoria prevalecente entre os
crentes, hoje, é a de que a percepção extra-sensorial é um resultado de algo
além do mundo físico conhecido. Por exemplo, muitas pessoas vêem isso como algo
que "transborda" de outra realidade. De acordo com essa teoria, além
do universo físico de que temos consciência, todos existimos em uma outra
dimensão cujas leis dominantes são completamente diferentes. O tempo e o espaço
funcionam de maneira bem diferente na outra realidade, permitindo que saibamos
os pensamentos de outras pessoas, acontecimentos distantes ou fatos que ainda
não ocorreram na realidade física. Normalmente, nossa noção sobre esse plano de
existência é completamente inconsciente, mas, de vez em quando, a mente
consciente "capta" essa informação.
Nem é preciso dizer que essa teoria não se encaixa em nosso
conhecimento científico de mundo. De acordo com os defensores da teoria, não é
esperado que ela se encaixe nessa concepção. Como os conceitos sobre Deus e
pós-vida, a realidade hipotética não se basearia nas leis físicas do universo e
dependeria da existência de algum tipo de alma.
Desse modo, isso está em total desacordo com o nosso
entendimento de mundo. Então, por que tantas pessoas acreditam na percepção
extra-sensorial?
Em favor da
percepção extra-sensorial - As convicções da maioria dos crentes vêm por
meio de experiências pessoais ou de evidências de histórias relatadas. Se você
tem um sonho que acaba se tornando realidade, com uma incrível riqueza de
detalhes, você toma isso como prova da sua paranormalidade. Além disso, se você
escuta incríveis histórias sobre percepção extra-sensorial, de fontes
confiáveis, ficará cada vez mais difícil não levar o fenômeno em consideração...
Indiscutivelmente, o mundo está
cheio dessas duas formas de evidência. A maioria de nós se depara com
coincidências extraordinárias de vez em quando, e há muitos casos bem documentados
de legítima premonição e clarividência. Por exemplo, em 1898, Morgan Robertson publicou "Futilidade" (em inglês),
um romance sobre um imenso navio luxuoso chamado Titan. A história supostamente
chegou até ele em uma espécie de “transe”....
No romance, o navio sibila através da densa neblina em uma noite de
abril, quando bate em um iceberg e afunda, matando centenas de pessoas. Catorze anos depois, o Titanic, com
estrutura e tamanho semelhantes ao navio ficcional, fez exatamente isso, na mesma época do ano, sob as mesmas condições. Em
ambos os navios, o real e o da ficção, o número de mortes foi grande devido à
insuficiência de botes salva-vidas a bordo...
Há dezenas de histórias famosas,
a maioria não tão bem documentada, detalhando maiores ou menores exemplos de
aparente percepção extra-sensorial no
mundo inteiro. Porém, da mesma forma que essas histórias são atrativas para
os crentes, são limitadas para os cientistas, pois ocorrem em um ambiente não controlado. Para, efetivamente, demonstrar algo
com evidências concretas, os cientistas precisam conduzir experimentos
estruturados em laboratórios e em condições bem controladas. Desde os anos 30 do século XX, parapsicólogos
do mundo inteiro têm feito apenas isso. J.B.
Rhine, freqüentemente chamado de “pai
da parapsicologia”, estava por trás de uma das primeiras e mais famosas
tentativas, os experimentos das cartas
Zener.
As "cartas Zener" originais (com nome de seu planejador, Karl Zener) era um baralho de 25
cartas brancas comuns. Cada uma era pintada com um dos cinco modelos distintos.
Cada baralho continha cinco cartas de cada modelo, assim qualquer um teria uma
chance em cinco de adivinhar corretamente o modelo de qualquer carta em
particular.
O experimento era simples: Rhine pedia que o sujeito
adivinhasse qual era o modelo de cada carta e registrava o resultado. Na média,
a adivinhação aleatória levaria a cinco (05) acertos por baralho de 25. Rhine concluiu que a precisão consistente
acima desse nível, sem fraudes, indicaria capacidade de percepção
extra-sensorial...
A comunidade científica estava
certamente surpresa, e muito incrédula, quando Rhine declarou em seu estudo, "Percepção Extra-Sensorial"
(em inglês) que alguns daqueles sujeitos adivinharam corretamente acima dos
níveis esperados. Muitos contestaram os métodos de Rhine e sua credibilidade,
mas em geral ele foi considerado um legítimo e verdadeiro cientista.
Nos anos seguintes ao trabalho
pioneiro de Rhine, centenas de parapsicólogos conduziram experimentos
semelhantes, às vezes com os mesmos resultados positivos. A maioria desses
pesquisadores trocou os rígidos modelos das cartas Zener por imagens mais
ilimitadas, como pinturas e fotografias. Em um experimento, um "emissor" concentra-se em uma imagem em particular
(um alvo) e tenta transmiti-la telepaticamente a um sujeito isolado. O "receptor" descreve o que
enxerga em sua mente enquanto a equipe de pesquisadores registra suas impressões.
Ao fim da sessão, o “Receptor” tenta escolher o alvo correto em uma coleção de
imagens criadas a partir das impressões.
Em experimentos com alvo ganzfeld
(alemão, para "campo total"), desenvolvidos nos anos 70 do século XX, o “receptor” é desprovido de informações
sensoriais para facilitar o foco em mensagens de percepção extra-sensorial. O
indivíduo deita em uma sala com uma fraca luz vermelha, ouvindo ruído branco,
com os olhos cobertos (por bolas de ping pong divididas ao meio, no experimento
convencional). Na maior parte do tempo, nesses experimentos, os receptores
passaram longe nas adivinhações, mas alguns descreveram as imagens alvo com
detalhe surpreendente. Há vários exemplos de acertos incríveis em Investigador
PSI: o experimento ganzfeld. Em
experimentos semelhantes, planejados para testar só a clarividência, e não a telepatia, não há emissor, apenas um receptor...
Em um outro experimento popular, os sujeitos tentam influenciar uma máquina, como um gerador de
números aleatórios, com a própria mente.
Muitas vezes, os pesquisadores perceberam que os indivíduos parecem “ter alguma
influência sobre o comportamento da máquina”....
Muitos parapsicólogos dizem que suas descobertas indicam a existência da percepção extra-sensorial,
mas os céticos estão longe de serem convencidos (ainda)....
(Continua...)
(Agradecimentos ao Google Imagens)