O Lago Vostok é uma massa de água sub-glacial localizada na Antárctida, que se encontra localizada por baixo da Estação Vostok, um centro de investigação dirigido pela Rússia.
Este lago permaneceu desconhecido durante muito tempo, graças ao seu peculiar enquadramento geográfico e permanece como uma das últimas zonas por explorar do planeta Terra.
Só em 1996 se descobriu a sua verdadeira extensão.
O lago Vostok tem uma forma elíptica com 250 km de comprimento e 40 km de largura cobrindo uma área de 14 mil km².
O seu fundo é irregular e divide-se em duas bacias, a mais profunda com cerca de 800 m e a outra com 200 m.
Calcula-se que o lago contenha um volume de 5.400 km³ de água doce.
Está totalmente protegido da atmosfera e outros contactos com o exterior por uma espessura de 4 km de gelo antárctico.
A sua superfície não se encontra exposta à atmosfera há mais de 20 milhões de anos.
Imagine que os russos mandaram explorar o lago, enviando duas equipes fazendo um furo no gelo.
Uma equipe do Árctico russo e Pesquisa Instituto Antárctico (AARI) vinha tentando explorar e investigar este lago de perfuração no gelo para chegar a um corpo enorme e escuro de água escondidos a mais de quatro mil metros abaixo da superfície do continente gelado.
Eles tinham estado em contato com outras equipes na Antárctica durante este trabalho. Infelizmente, como eles estavam prestes a romper o antigo preso Lago Vostok, a equipe russa parece não mais se comunicar como faziam... (TRADUÇÃO: VIRARAM "ESTATÍSTICA"!)
O que aconteceu com a equipe russa?
O que há no Lago Vostok?
Todas as especulações são possíveis…
O mundo prende a respiração, esperando pelo melhor, após seis dias de silêncio de rádio da Antárctida ...
Onde os exploradores estão correndo contra o relógio e o inverno que se aproxima voraz no local mais frio da Terra, onde os termómetros chegam a baixar abaixo dos – 89,4º C.
Apesar de seis dias de "silêncio" de rádio da Antárctida, não há razão para preocupações.
Os cientistas na Antárctica dispõe de telefones via satélite Iridium para a comunicação, mas existem "lacunas" na cobertura.... (sei, sei... já ouvi isso antes...)
A equipe pode ter encontrado um problema técnico.
No entanto, a falta de informação após quase uma semana tem deixado a comunidade científica mundial apreensiva.
O que é que eles (russos) encontraram?
Tantas tem sido as expedições ultimamente organizadas aquele que permanece o local mais escondido e misterioso da Terra.
Enquanto isso, os cientistas estão muito entusiasmados com as formas de vida que vão encontrando lá, mas estão igualmente preocupados com a poluição do lago com fluidos de perfuração e bactérias, e potencialmente explosiva "gás" de um corpo de água com concentrações particularmente elevadas de oxigênio e azoto.
Os grupos ambientalistas têm criticado o trabalho no local - e os produtos químicos utilizados como querosene para manter o buraco aberto.
Outros disseram que o local não deve ser explorado, que deve ser deixado em bom estado.
O pior cenário possível poderia ser a água de repente disparar através do orifício quando o avanço é feito. Até um quarto da água do lago pode sair para fora do buraco, se os piores receios se tornarem reais, disse o Dr. Priscu (Antarctic pesquisador da Montana State University).
De contradição em contradição, após o alarme da estação americana, a agência de notícias Interfax informou ontem que todos os exploradores russos estão bem e que o contato já existe.
"Falo com eles lá, nada aconteceu, tudo está decorrendo normalmente", disse a agência Dr. Alexander Danilov, representante do Instituto do Árctico e Pesquisa Antárctica (IIAA).
No momento, Danilov, assegurou que o Lago Vostok está a ser perfurado em várias partes.
No entanto a dúvida sacramental paira no ar: Para lá da água doce, o que existirá por baixo do gelo?
As zonas mais profundas do lago, se este seguir os análogos de superfície, devem pelo contrário ter características anaeróbias e podem ser o local ideal para procurar vida.
Se for provada a inexistência de vida no lago Vostok, esta vai ser a primeira massa de água totalmente estéril encontrada no planeta.
Entretanto tudo decorre no maior segredo…"
(fonte: Mário Nunes)
NOTÍCIA DO SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA - EM 07/01/2011
Vidas desconhecidas - Se algum ambiente da Terra ainda pode ser considerado totalmente intocado, este é o caso do Lago Vostok.
Até hoje "visto" apenas por radar, o lago está escondido nas profundezas da Antártica, coberto por uma camada de 4 quilômetros de gelo.
Os cientistas acreditam que ele está assim, selado e isolado do restante do macroambiente terrestre, aí incluída a atmosfera, há pelo menos 14 milhões de anos.
O que pode haver lá ninguém sabe, mas as especulações incluem formas de vida únicas, que evoluíram de forma independente.
O fato é que, o que quer que viva no Lago Vostok, são organismos muitos antigos - ou, quem sabe, formas de vida totalmente desconhecidas.
Preservação - Mas esse suspense não vai durar por muito tempo.
O Secretariado do Tratado da Antártica, o organismo supranacional que cuida da preservação do continente, autorizou a primeira captura direta de uma amostra de água do Lago Vostok.
Os pesquisadores do instituto russo AARI (Arctic and Antarctic Research Institute) já estão a postos, e esperam que sua perfuratriz atinja o até agora insondável Lago Vostok ainda em Janeiro.
A grande preocupação do Secretariado era evitar qualquer contaminação das águas intocadas do lago.
A autorização foi dada depois que os russos idealizaram uma técnica de exploração bastante engenhosa, em que a pressão da água do próprio lago irá empurrar todo o aparato de perfuração para cima, congelando-se em seguida e selando novamente o Lago Vostok.
Na verdade, a proposta foi feita em 1998. Seguiram-se etapas exaustivas em que especialistas questionavam cada chance de erro do procedimento proposto pela equipe.
Mas parece que eles conseguiram convencer a todos.
Fronteira desconhecida - Agora que a autorização foi dada, os pesquisadores russos, sediados na estação que também leva o nome de Vostok, correm contra o tempo, à medida que se aproxima o fim da estação de pesquisas na Antártica.
Segundo Valery Lukin, do AARI, a base do novo poço está agora a 3.650 metros, mais ou menos 100 metros acima do lago.
"Nós primeiro vamos usar uma broca mecânica e [a mistura tradicional de] freon e querosene para atingir 3.725 metros.
Então, uma nova cabeça de perfuração termal especialmente desenvolvida, usando um fluido limpo à base de óleo de silicone e equipada com uma câmera, vai passar pelos últimos 20 a 30 metros de gelo."
Embora o Lago Vostok seja bem conhecido a partir de dados sismológicos e de radar, essas informações não são precisas o suficiente para determinar exatamente a que profundidade está a fronteira entre o gelo e a superfície líquida do lago.
O gigantesco lago subglacial está a quase quatro quilômetros abaixo da estação russa Vostok, de onde a saída é bem sinalizada, embora os caminhos sejam longos.
[Imagem: I.E.Frolov/AARI]
Segundo Lukin, em entrevista ao jornal The Voice of Russia, os métodos geofísicos utilizados têm uma margem de erro de 20 metros.
"Assim, a fronteira gelo-água pode estar localizada entre 3.730 e 3.770 metros. Nós esperamos, mas não temos certeza que será possível, alcançar o lago durante esta estação Antártica, porque não podemos avançar mais do que 4 metros por dia, dadas as circunstâncias," relatou.
Com isso, os cientistas não conseguem prever com exatidão quando seu mecanismo automático entrará em ação e trará à superfície as amostras tão esperadas, uma verdadeira cápsula do tempo, isoladas da atmosfera e da biosfera terrestre por milhões de anos.
"Naturalmente, será um excelente material natural para desenvolver tecnologias, resolver problemas de engenharia e conduzir experimentos voltados para a busca de vida em outros planetas do Sistema Solar," completou Lukin.
Lagos na Antártica - O glaciologista russo Igor Zotikov foi o primeiro a propor a existência de lagos abaixo da superfície da Antártica.
Ele estimou que o calor do solo da Antártica fundiria o gelo, e a grossa camada de gelo acima funcionaria como uma espécie de garrafa térmica, fazendo com que a água em estado líquido se acumulasse.
Mais tarde, dados sísmicos e de radar confirmaram a existência de um gigantesco lago abaixo da estação russa Vostok. O lago, que herdou o nome da estação, tem 20 mil quilômetros quadrados de área e uma profundidade de 740 metros de água líquida.
Atualmente já são conhecidos mais de 150 desses lagos subglaciais."