ASTRONOMIA -
"A descoberta foi feita por uma equipe internacional de pesquisadores que até agora detectou uma série de sete pulsos desse tipo.
Devido à altíssima velocidade, os eventos foram batizados de FRBs (Fast Radio Bursts, ou Rajadas Rápidas de Radioemissão).
De acordo com o estudo, cada pulso tem duração de apenas alguns centésimos de segundo e apesar do pequeno tempo de duração, têm a mesma energia que a emitida pelo Sol em 300 mil anos.
Ainda não se sabe qual a origem desses pulsos, mas segundo o cientista Dan Thornton, ligado à University of Manchester, na Inglaterra, a emissão está localizada entre 5.5 e 10 bilhões de anos-luz de distância, o que significa que os "pulsos" levaram esse mesmo tempo para chegar até a Terra.
Para comparação, a idade estimada do Universo é de 13.8 bilhões de anos.....
("TERRESTRES", CLARO......)
("TERRESTRES", CLARO......)
Sinais extragalácticos - Apesar desses objetos terem sido descobertos agora (apenas sete foram detectados até o iníciod e 2015) os cálculos mostram que a cada 10 segundos pelo menos 1 FRB é emitido em algum lugar do Universo.
De acordo com estudo, publicado recentemente na revista Science, não há qualquer objeto similar a esse que já tenha sido observado nos comprimentos de onda da luz visível, raios-x ou raios gama.
Segundo o artigo, os pulsos são tão intensos e estreitos que será possível delimitar o local de sua emissão com margem de erro de poucas centenas de quilômetros.
"Não há qualquer dúvida de que esses eventos têm origem extragaláctica....."(??!), disse Thornton.
“O problema é que até agora não conseguimos identificar a FONTE desses sinais", explicou.
Difícil Detecção - Apesar da grande quantidade de pulsos que pode acontecer a cada segundo, o tempo extremamente curto de cada emissão é o maior empecilho para que possam ser observados.....
(QUAL A SUA "ORIGEM"....?!?)
Por ser tão efêmero e diferente, alguns até questionaram sua existência.
Nos últimos anos, a equipe de Thornton passou a vasculhar o céu com a ajuda do radiotelescópio Parkes de 64 metros, localizado na Austrália.
O objetivo é pesquisar abaixo do plano da Via Láctea pelos objetos mais poderosos do Universo: as estrelas de nêutrons ou pulsares.
O uso do radiotelescópio Parkes é essencial, pois o equipamento consegue observar uma região fixa do céu por um longo tempo, o que é ideal para a captura dos FRBs.
"Em algum momento nós vamos encontrar um deles no campo de visão do radiotelescópio e poderemos determinar a sua localização", disse Thornton.
Mistérios - Os recentes FRBs foram detectados acima do plano da Galáxia e as operações de acompanhamento feitas durante um ano demonstraram que os "sinais" não parecem ser repetitivos.
Thorton explicou que todos os esforços estão sendo feitos para que a detecção seja feita em tempo real e não através de reanálise de dados, como é feito atualmente.
Isso permitirá que o evento seja seguido quase que instantaneamente.....
Para o pesquisador, o ideal seria um acompanhamento em uma grande variedade de comprimentos de onda, o que proporcionaria uma visão mais aprofundada sobre o que impulsiona essas "explosões" tão poderosas....."
(créditos: Apollo)