sábado, 21 de dezembro de 2013

QUAL O "REAL" EFEITO DO BOLSA-FAMÍLIA ??!?

SOCIAL -

Qual o efeito do "Bolsa Família" no desemprego?



'A taxa de desemprego caiu de 5,2% em outubro para 4,6% em novembro nas seis regiões metropolitanas que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) avalia em seu relatório de Emprego e Salário. 

Esta é a menor taxa para os meses de novembro e se equipara à vista em dezembro do ano passado, também 4,6%, o menor nível de desemprego desde o início da série histórica da pesquisa, em março de 2002. 

Em novembro do ano passado, a taxa de desocupação estava em 4,9%.

Ao mesmo tempo, a geração do “nem-nem” aumenta sem parar. 

São aqueles que nem estudam, nem procuram emprego. 

A taxa de desemprego medida pelo IBGE depende da quantidade de gente procurando emprego. 

Se a pessoa está sem trabalho, mas não se coça para encontrar um, então ela simplesmente não faz parte do rol de desempregados, segundo o IBGE.

Além da quantidade crescente de pessoas que simplesmente não procuram emprego, temos um gasto com seguro-desemprego que também aumenta a cada ano. 

A conta não fecha! 

Uma taxa de desemprego em patamar mínimo histórico, com cada vez mais gente sem procurar emprego, e cada vez mais gasto com seguro-desemprego?!

Por essas e outras que a estatística já foi chamada de “a arte de torturar números até que eles confessem qualquer coisa”. 

Como dizia Roberto Campos, ela é como o "biquíni": 

mostra bastante coisa, mas esconde o essencial...

O que está por trás deste aparente paradoxo?

Arrisco uma tese: Bolsa Família. Não digo que explique a coisa toda. Mas algum efeito razoável deve ter. 

E faltam estudos sobre o assunto. 

Quantas pessoas deixam de procurar emprego oficial porque recebem as esmolas estatais? 

Quantos podem se manter na geração “nem-nem” porque o governo banca sua sobrevivência?

Não temos as respostas. 

Deveríamos ter, ao menos, estimativas. 

Para avaliar o programa como um todo, seria importante ter estas informações. 

O que sabemos, por ora, é que soa estranho falar em mínima taxa de desemprego ao mesmo tempo em que temos cada vez mais gente sem buscar emprego e mais gastos com seguro-desemprego. 

Coisas do nosso Brasil....'     

( Por Rodrigo Constantino)