sexta-feira, 4 de outubro de 2013

AUMENTO DOS IMPOSTOS EM SÃO PAULO.....

IMPOSTOS -


MUNICÍPIO DE SÃO PAULO.......


Para cobrar IPTU mais caro, Prefeitura de SP “valoriza” até a "Cracolândia".....
Fernando Haddad 450x338 Para cobrar IPTU mais caro, Prefeitura de SP valoriza Cracolândia
Segundo nova tabela, áreas nobres como a rua onde mora o prefeito tem a mesma valorização de bairros degradados do Centro...


Terrenos em áreas como a degradada região da cracolândia, no centro de São Paulo, e a rua Afonso de Freitas, no Paraíso, onde mora o prefeito Fernando Haddad (PT), tiveram a mesma valorização nos últimos quatro anos.

A informação consta da nova Planta Genérica de Valores, documento que define o valor oficial do metro quadrado em cada rua da cidade e que integra uma das bases de cálculo do IPTU.

A tabela foi encaminhada ontem à Câmara Municipal como parte da revisão do tributo proposta por Haddad para o próximo ano.

Segundo os cálculos da prefeitura, o preço médio do metro quadrado na rua Helvétia, que nas madrugadas vira ponto de concentração de viciados em crack, valorizou 128% em comparação a 2009 –ano da última revisão.

Na rua de Haddad, o aumento foi próximo, de 132%.

Contribuintes dos dois locais com reajustes similares reclamam da cobrança.

“Tem lixo espalhado, um monte de nóia. O certo seria o imposto baixar”, afirma Maria da Silva, 43, dona de um restaurante na Helvétia, que hoje paga R$ 387 de IPTU.

Morador de um prédio ao lado do de Haddad, Marcos Behar, 66, diz que o imposto de R$ 220 já consome 10% de sua aposentadoria e acha que mais aumento é “absurdo”.

(…)

TUDO IGUAL

Situação semelhante ocorre em cerca de 30 endereços consultados pela Folha em regiões com perfis diferentes.

Os aumentos variaram em uma faixa entre 112% e 140%.

A Berrini, endereço de luxuosos prédios comerciais, e a rua Pascoal Zimbardi, em São Miguel Paulista (extremo leste), ao lado de uma favela, por exemplo, tiveram a mesma valorização, de 131%.

O levantamento mostra que a valorização calculada pela prefeitura ocorreu independente da infraestrutura dos locais e do aquecimento do mercado, ao contrário do que afirmou a gestão ao divulgar sua proposta.

De acordo com o Executivo, a revisão foi feita considerando a valorização ou a desvalorização dos terrenos nos últimos anos, para corrigir “distorções hoje existentes”.

Técnicos da prefeitura, porém, dizem que os reajustes foram calibrados de forma a ficarem praticamente homogêneos em toda a cidade.

A grande mudança, afirmam, foi na tabela de valores do metro quadrado construído, também considerado no cálculo do imposto.

De acordo com corretores, as valorizações dos terrenos não correspondem à realidade do mercado. Eles dizem que a quantidade de terrenos livres para novos empreendimentos é cada vez menor, por isso eles valorizaram bem mais em áreas nobres do que em outros locais.


(matéria do Folha de São Paulo)