AMÉRICA LATINA -
Se alguém que visitou Caracas há 14 anos retorne agora a essa cidade que é a capital da Venezuela, ficaria surpreendido.
Se alguém que visitou Caracas há 14 anos retorne agora a essa cidade que é a capital da Venezuela, ficaria surpreendido.
Nesse tempo, em vez de progredir e enriquecer, a capital venezuelana oferece ao visitante a sua face mais amarga: apesar das estatísticas oficiais alardearem que diminuiu a pobreza - basta ver as favelas nos morros que rodeiam a cidade - e a insegurança disparou até alcançar 60 homicídios por cada 100 mil habitantes.
E continua:
A estes males há que somar agora a escassez de alimentos e produtos de primeira necessidade, assim como a ameaça da entrada em vigor em alguns Estados de cartão de racionamento eletrônico, poplularmente conhecida como “papachip”, que segundo denuncia a oposição se inspira no modelo cubano.
Todavia, neste sábado, pressionado, Nicolás Maduro voltou atrás sobre a utilização do “papachip” no Estado de Zulia.
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O alarmamente é que enquanto a Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo - com uma produção anual de 3 milhões de barris e preços de US$ 100 dólares o barril - deva importar 100 mil barris diários de gasolina dos Estados Unidos e papel higiênico da Bolívia.
Há quatorze anos, esse país caribenho exportava arroz, café, chocolate e milho...
É que o governo bolivariano do Hugo Chávez decidiu expropriar e destruir os meios de produção privados que ele considerava “capitalistas, imperialistas e oligarcas”.
Assim, conseguiu transformar a Venezuela num país totalmente dependente do exterior para seu abastecimento.
A produção caiu mais de 60%.
Antes de Chávez, em 1998, a produção nacional cobria 70% das necessidades de consumo. Agora se dá exatamente o contrário.
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O ex-ministro da Agricultura Hiram Gaviria considera que tem sido um fracasso a política de Hugo Chávez de expropriar sem indenizar 2,5 milhões de hecatares produtivos, que estavam em mãos da iniciativa privada.
A política revolucionária de “terra arrasada” é empregada na Venezuela sem contemplações. A invasão de fazendas produtivas de galegos e canários (imigrantes dessas regiões espanholas) tem sido sistemática nesses 14 anos, denuncia Féliz Barbero, presidente da Associação de Residentes Espanhóis.
(fonte: jornal ABC)