quinta-feira, 20 de setembro de 2012

"CARREGAMOS EM NÓS O NOSSO DESTINO...."


"Caminhando sobre o solo do planeta,
Entre as penas e gozos consentidos,
Somos flores que sonham em ser frutos.
Somos vagens em plantas convertidos....."
"Já não somos o que fomos, o que seremos ainda não somos, mas trazemos em nós o que já fomos e o germe do nosso vir a ser. 
Carregamos em nós nosso destino, indissociável parte de nós mesmos, feito atores que fazem de si próprios o instrumento de sua obra inacabada.
Quando a flor se abre inconsequente, há uma hipótese de fruto nesse gesto. 
E sendo tal flor daquela espécie, o seu destino em fruto é definido. 
Já não se lembra a flor de que algum dia foi semente sonhando ser árvore e não vislumbra, em suas cores perfumadas, mais além do que o fruto em que vai se transformar.
Também o homem traz lembranças bem marcadas de experiências mais recentes, ignorando seu passado mais remoto. 
E vislumbra - da escala evolutiva - pouco à frente de onde está, sem ter ideia do porvir ilimitado.
O que podemos deduzir, com base nas etapas anteriores, é que existe uma sequência natural predefinida - como a flor, que é natural tornar-se fruto. 
E que seremos, cada vez, seres melhores - como já somos melhores do que fomos.

Tudo segue um plano mais extenso do que a mente é capaz de apreender. 
Estamos juntos nesta barca planetária, cumprindo etapa da jornada coletiva - sem atinar para onde ela nos leva -, mas já capazes de saber que a um destino mais feliz....

Também feito a flor - que se doa em cores e perfume e pretende quando fruto entregar-se inteiramente -, se hoje ofertamos uma parte de nós mesmos à construção do bem comum, quando melhores formos, mais teremos de nós mesmos a ofertar.

E se flor e fruto são brotações da mesma planta, brotamos juntos de um tronco planetário, solar, galáctico, flores pendentes de um ramo da árvore da ciência do bem e do mal.

E se a planta do pomar é cultivada e preservada - em suas flores por seus frutos -, também por nós alguém cultiva a planta-mãe e nos preserva. Pelos frutos, ou simplesmente porque ama as flores que nós somos....."

(*Psicografia de Alberto Centurião, pelo espírito Irmão Jardim - em 16/9/2000.)