XXII
"Enquanto o sábio arreiga o pensamento
Nos fenômenos teus,
oh, Natureza....
Ou solta árduo problema, ou sobre a mesa
Volve o sutil geométrico instrumento:
Enquanto, alçando a mais o entendimento,
Estuda os vastos céus, e com certeza
Reconhece dos astros a grandeza....
Enquanto o sábio, enfim, mais sábiamente
se remonta nas asas do sentido
À corte do Senhor Onipotente:
Eu, louco, eu cego,.....eu mísero.....
Eu perdido.....................................
De ti Trago cheia, ó Jônia, a mente.....
Do mais,
De mim mesmo me ando esquecido......"
(Manuel Mari L'Hedoux du Bocage) - BOCAGE. (1765/1805) - Lisboa.
"Em Portugal, a arte de fazer versos chegou ao seu apogeu com BOCAGE e depois dele deca talvez o mais decaiu; Portugal teve talvez o mais forte dos poetas, de surtos mais altos, de mais fecunda imaginação. Mas nenhum o excedeu - nem ao menos no brilho de sua expressão se igualou................."
"Enquanto o sábio arreiga o pensamento
Nos fenômenos teus,
oh, Natureza....
Ou solta árduo problema, ou sobre a mesa
Volve o sutil geométrico instrumento:
Enquanto, alçando a mais o entendimento,
Estuda os vastos céus, e com certeza
Reconhece dos astros a grandeza....
Enquanto o sábio, enfim, mais sábiamente
se remonta nas asas do sentido
À corte do Senhor Onipotente:
Eu, louco, eu cego,.....eu mísero.....
Eu perdido.....................................
De ti Trago cheia, ó Jônia, a mente.....
Do mais,
De mim mesmo me ando esquecido......"
E disse certa vez Olavo Bilac:
"Em Portugal, a arte de fazer versos chegou ao seu apogeu com BOCAGE e depois dele deca talvez o mais decaiu; Portugal teve talvez o mais forte dos poetas, de surtos mais altos, de mais fecunda imaginação. Mas nenhum o excedeu - nem ao menos no brilho de sua expressão se igualou................."