(VIDEO: Notaram a "nave" "cilíndrica" no final do vídeo (??!!?)...)
Introdução:
Nesses últimos tempos estivemos observando muitas coisas interessantes pelo céu afora.
Mas parece que o catálogo de atrações celestes é infinito. Pudera! Quantos astrônomos na antiguidade dedicaram uma vida inteira vasculhando os céus e mesmo assim perderam muitos dos grandes espetáculos protagonizados pelos astros. Hoje estamos munidos de instrumentos poderosos, que nos permite ir mais longe, dissecar minuciosamente cada detalhe do imenso palco estelar! Não somente eles, mas qualquer astrônomo está destinado à mesma sorte: a astronomia é um dos poucos ramos da ciência em que descobertas surpreendentes, fotos admiráveis ou dados curiosos são divulgados a todo o momento.
Mas parece que o catálogo de atrações celestes é infinito. Pudera! Quantos astrônomos na antiguidade dedicaram uma vida inteira vasculhando os céus e mesmo assim perderam muitos dos grandes espetáculos protagonizados pelos astros. Hoje estamos munidos de instrumentos poderosos, que nos permite ir mais longe, dissecar minuciosamente cada detalhe do imenso palco estelar! Não somente eles, mas qualquer astrônomo está destinado à mesma sorte: a astronomia é um dos poucos ramos da ciência em que descobertas surpreendentes, fotos admiráveis ou dados curiosos são divulgados a todo o momento.
Nesses meses que seguirão teremos a oportunidade de observar outra das mais belas constelações: a constelação de Órion.
Órion, "o Caçador", de acordo com a mitologia grega, desempenhou um papel importante para as civilizações antigas. Sua posição no céu ao longo do ano era um prenúncio das mudanças climáticas que estavam por vir. Quando se observava Órion nascer durante o amanhecer, era um sinal que o verão houvera chegado. Seu nascimento no início da noite anunciava o inverno, e à meia-noite indicava época da colheita de uvas. Essas observações foram feitas por civilizações do hemisfério norte. Para o hemisfério sul vale o contrário. No meio de dezembro Órion estará nascendo para nós (no leste) após o crepúsculo.
O que isso pode nos indicar? Isso mesmo! Preparem-se para o verão!..
O caçador Órion -
Conta-nos a mitologia grega que Órion era um gigante caçador, filho de Netuno e favorito de Diana, com quem quase se casou. O irmão de Diana, Apolo, por sua vez, se aborrecia com tal aproximação entre os dois, chegando a censurar diversas vezes sem nunca obter resultado. Certo dia Apolo teve a oportunidade de se ver livre de seus aborrecimentos: percebendo que Órion vadeava pelo mar apenas com a cabeça fora d’água desafiou sua irmã, outra exímia caçadora, a acertar o alvo que distante se movia. Impecável em sua pontaria ela atingiu em cheio seu amado, cujo corpo já moribundo foi conduzido à praia pelas ondas do mar. Percebendo a fatalidade que havia cometido, Diana, em meio às lágrimas, colocou Órion entre as estrelas: o gigante trajado com um cinto, uma pele de leão, armado de uma espada e de sua clava, acompanhado por Sírius, seu cão e com as Plêiades fugindo do caçador.
As Plêiades eram ninfas do séqüito de Diana por quem Órion se apaixonou e perseguiu. Elas, desesperadas, só conseguiram escapar graças a Júpiter, que as transformou em pombas e então numa constelação do céu. Embora as Plêiades fossem sete, somente seis estrelas são visíveis no céu – nos conta a lenda que Electra não conseguiu suportar a dor de ver a cidade de Tróia, que fora fundado por seu filho, cair em ruínas e abandonou seu lugar. Suas irmãs se empalideceram diante de tal visão.
Abaixo se segue um trecho do poema de Henry Wadsworth Longfellow sobre a “Ocultação de Órion”, cujos versos expressam o momento em que suas estrelas são ocultas, aos poucos, pela Lua:
"(...)
A rubra pele de leão caiu-lhe
Aos pés, dentro do rio. E a bruta clava
A cabeça do touro já não fere
Voltado, como outrora, quando, junto
Ao mar, cegou-o Eunápio e em sua forja,
Procurou o ferreiro, e a rude encosta
Galgou penosamente, a passos lentos,
Fixando no sol o olhar vazio...."
A constelaçã:o
Sabendo encontrá-las, encontra-se a constelação completa facilmente. Nesse mês de dezembro procure por Órion após o anoitecer no Leste . Osol estará se pondo e do outro lado veremos Órion nascer .
Veja o mapa a seguir . Ele representa a porção leste do céu logo após o crepúsculo .
Aconstelação de Órion está destacada na figura – perceba como é fácil identificar o padrão após encontrarmos as Três Marias.
Elas estão envolvidas por um trapézio formado por quatro estrelas de primeira magnitude : Alfa de Órion (Betelgeuse), de coloração mais avermelhada, representa o ombro direito de Órion, temos em seguida Gama de Órion (Bellatrix) como o ombro esquerdo , Kapa de Órion (Saiph) é o joelho .
Aúltima estrela do trapézio éjustamente a que está oposta a Betelgeuse – Beta de Órion (Rigel), uma estrela que também se destaca, representando o pé direito de Órion.
A
A
Betelgeuse é uma das estrelas mais brilhantes, cujo diâmetro chega a ser 250 vezes maior que o do Sol. Como toda gigante sua atmosfera é bastante difusa, com densidade muito menor que a de nossa atmosfera.
Sua distância até nós é de aproximadamente 200 anos-luz. Observe a figura abaixo da constelação de Órion, com destaque para Betelgeuse, prestando atenção especial nas escalas.
Perceba a difusividade de sua atmosfera.
Sua distância até nós é de aproximadamente 200 anos-luz. Observe a figura abaixo da constelação de Órion, com destaque para Betelgeuse, prestando atenção especial nas escalas.
Perceba a difusividade de sua atmosfera.
Nebulosa de Órion - A nebulosa de Órion é um dos objetos presentes no céu mais interessantes à observação. Conhecida também como M42 ou NGC 1976, essa nebulosa difusa é uma das mais brilhantes, tanto que numa noite de céu limpo e num local longe de poluição e luz ela chega a ser visível a olho nu. Localizá-la não é difícil – ela se encontra na espada do gigante Órion. Partindo das Três Marias, que é seu cinto, encontra-se a espada logo abaixo. Compare o desenho de Órion (primeira figura no texto) com a foto acima.
M42 está a mais de mil anos luz de distância da Terra e é composta principalmente por estrelas jovens e bastante quentes do tipo O (veja a dica “Observando as cores das estrelas”) num agrupamento conhecido como o Trapézio. A radiação emitida por essas estrelas excita uma nuvem de gás e poeira que passa a emitir o brilho característico da nebulosa.
Documentos de observação dessa nebulosa datam desde 1610 (Nicholas-Claude Fabri de Peiresc). Em 1769 Messier a adicionou em seu catálogo, descrevendo como :
“(...) uma linda nebulosa na espada de Órion, ao redor da estrela Theta, junto a outras três estrelas menores as quais não conseguimos ver senão com algum instrumento.”
Observe as fotos seguintes. A primeira foto nos mostra a nebulosa de Órion observada por um telescópio de médio porte. A segunda é essa mesma nebulosa fotografada pelo telescópio espacial Hubble!.....
“(...) uma linda nebulosa na espada de Órion, ao redor da estrela Theta, junto a outras três estrelas menores as quais não conseguimos ver senão com algum instrumento.”
Observe as fotos seguintes. A primeira foto nos mostra a nebulosa de Órion observada por um telescópio de médio porte. A segunda é essa mesma nebulosa fotografada pelo telescópio espacial Hubble!.....
ÓRION VISTA DA ALEMANHA...LINDO DEMAIS!....
IMAGEM DO SATÉLITE HUBBLE.....
Principais Características -
- genitivo latino: Orionis
- abreviação: Ori
- significado do nome: "o caçador", "orion"
- origem do nome:
- localização: é uma constelação do zodíaco.
ascenção reta
|
de 4 horas, 40 min.
a 6 horas 20 min.
|
declinação
|
de +23o a +8o
|
Quais são as estrelas mais brilhantes da
constelação Orion?
- a Ori: alpha Ori ou alpha
Orionis
- outro nome: Beteigeuze/Betelgeuse
- b Ori: beta Ori ou beta
Orionis
- outro nome: Rigel ("A perna do gigante")
- g Ori: gamma Ori ou gamma
Orionis
- outro nome: Bellatrix ("O conquistador")
- d Ori: delta Ori ou delta
Orionis
- outro nome: Mintaka ("O cinto")
- e Ori: epsilon Ori ou epsilon
Orionis
- outro nome: Alnilam ("A corrente de
pérolas")
- z Ori: zeta Ori ou zeta
Orionis
- outro nome: Alnitak ("O cinto")
- h Ori: eta Ori ou eta
Orionis
- J 1 Ori: theta 1 Ori ou theta
1 Orionis
- i Ori: iota Ori ou iota
Orionis
- k Ori: kappa Ori ou kappa
Orionis
- outro nome: Saiph ("A espada")
- l Ori: lambda Ori ou lambda
Orionis
- outro nome: Heka
- r Ori: rho Ori ou rho
Orionis
- s Ori: sigma Ori ou sigma
Orionis
Alguns objetos interessantes na constelação Orion -
Aglomerados Abertos:
- NGC 1981
- NGC 2112
- NGC 2141
- NGC 2169
- NGC 2186
- NGC 2194
Nebulosas Planetárias:
- J 320
- NGC 2022
- Abell 12
Nebulosas Difusas:
- NGC 1788
- IC 423
- M 42, NGC 1976: Nebulosa Orion
- NGC 1977
- NGC 1980 (ao redor de iota Orionis)
- M 43, NGC 1982
- NGC 1990 (ao redor de epsilon Orionis)
- NGC 1999
- IC 426
- IC 430
- IC 432
- IC 434 (atrás da Horsehead
Nebula)
- NGC 2023: Lump Star
- NGC 2024: Flaming Tree Nebula
- IC 435
- M 78 & NGC 2064/67/71
- Sh2-276: Barnard's Loop
- Sh2-261: Lower's Nebula
- NGC 2174-5