Características e o que são os "superdotados"?
DEFINIÇÕES:
Os superdotados são indivíduos que possuem um ritmo "acelerado" de desenvolvimento demonstrando grandes habilidades em determinadas áreas.
Muito, infelizmente se confunde pessoas superdotadas com gênios, o que de fato não é verdade já que normalmente não conseguem dominar tudo o que conhece, ou seja, um superdotado apresenta várias habilidades e algumas dificuldades....
Raríssimos são os casos ( talvez 0,0000001 %) de um "superdotado" com capacidade de junção de todos estes "dons" (aptidões) em si próprio...
Por causa dessa diferença nas habilidades, os "superdotados" são classificados como:
- Intelectuais quando são flexíveis, independentes de pensamento, julgamento crítico, etc.
- Sociais quando possuem espírito de liderança, sociabilidade, sensibilidade interpessoal, etc.
- Acadêmicos quando são atentos, concentrados, com fácil memorização, grande motivação para realizar tarefas, etc.
- Criativos quando encontram soluções facilmente para problemas, quando é criativo, é fluente, etc.
- Psicomotricinestésico quando são hábeis e interessados por atividades físicas, atividades psicomotoras, quando são ágeis, com boa coordenação motora, etc.
- Especialmente talentosos quando se destacam em artes plásticas, músicas, artes literárias, etc.
A superdotação apresenta características variadas, mas existem algumas que são mais identificadas como: rapidez e facilidade em aprender, criatividade, independência de pensamento, senso de humor, dedicação em atividades que interessa e descaso com as demais, capacidade incomum de raciocínio, interesse pela leitura, vasto vocabulário, curiosidade e respeito pelo novo, lidera seu grupo (crianças ou mesmo adultos), persistência frente aos problemas e outros.
RESUMO:
"Superdotados" ou "Portadores de Altas Habilidades" - são àquelas pessoas que possuem um grau de habilidade significativamente maior do que a maioria da população. Os superdotados geralmente possuem grande facilidade e rapidez para aprender, possuem um elevado grau de criatividade, são muito curiosos, possuem grande capacidade para analisar e resolver problemas, além de possuírem um senso crítico bastante elevado.
Embora essas pessoas possuam grandes vantagens nos processos que abrangem o lado intelectual, como no desempenho em provas escolares, vestibulares e na capacidade criativa, os superdotados podem encontrar algumas dificuldades sociais e de convivência. Muitas crianças superdotadas procuram a companhia de pessoas mais velhas, na tentativa de encontrar parceiros com o mesmo nível intelectual....
Além disso, podem ocorrer nestas pessoas, o "desencadeamento" do medo da não-aceitação social, sintomas de ansiedade, solidão e até mesmo de depressão...
O grau das habilidades de uma pessoa Portadora de Altas Habilidades (PAH), como os especialistas preferem dizer, é medido através de um teste de Q.I (Quociente de Inteligência).
Esse teste consiste num conjunto de tarefas e problemas a serem resolvidos, onde os acertos são contabilizados como pontos.
A média geral é em torno de 100 pontos, portanto as pessoas que ultrapassam esse patamar podem ser consideradas superdotadas.
Esse teste consiste num conjunto de tarefas e problemas a serem resolvidos, onde os acertos são contabilizados como pontos.
A média geral é em torno de 100 pontos, portanto as pessoas que ultrapassam esse patamar podem ser consideradas superdotadas.
NOTA:
Superdotados: uma minoria invisível...
No Brasil os “superdotados”
representam apenas 0,01% de todos os alunos matriculados na educação básica,
segundo o Censo Escolar 2009. Por causa disso, há muitas escolas e
famílias ...despreparadas para lidar com tais jovens
Um exemplo no Brasil :
"Ninguém no mundo me
entende”.
A afirmação de Elivelton Macêdo, de 14 anos, poderia ser facilmente interpretada como uma crise normal da idade. Mas o estudante da 8ª série do ensino fundamental não é um adolescente qualquer.
As palavras de Elivelton refletem a realidade de quem faz parte de uma minoria ainda estereotipada e invisível para os brasileiros.
A afirmação de Elivelton Macêdo, de 14 anos, poderia ser facilmente interpretada como uma crise normal da idade. Mas o estudante da 8ª série do ensino fundamental não é um adolescente qualquer.
As palavras de Elivelton refletem a realidade de quem faz parte de uma minoria ainda estereotipada e invisível para os brasileiros.
Elivelton é um dos 5.600 estudantes do País identificados
como “superdotados”. E Está longe de qualquer “estereótipo” de “gênio” -
não usa óculos, não estuda o tempo todo, não pensa em ser cientista e muito
menos vive isolado.
Elivelton é falante, adora escrever, desenhar, atuar....
Mas fazer parte de uma parcela tão pequena da população significa, muitas vezes, sentir-se só mesmo com muita gente ao redor....
Elivelton é falante, adora escrever, desenhar, atuar....
Mas fazer parte de uma parcela tão pequena da população significa, muitas vezes, sentir-se só mesmo com muita gente ao redor....
A habilidade de
raciocínio e a capacidade de aprendizagem acima da média se tornaram fontes de
incompreensão. O menino era “confundido” com uma pessoa “desinteressada” ....
O “SuperDotado”
(características) gosta de coisas distintas, diferentes e aprende rápido,
mas logo se entedia....com rotina, mesmices, etc.
Surgem então, problemas junto com os professores e familiares, já que ele precisa
de desafios constantes para se manter
focado.
Elivelton mora no Varjão, comunidade de baixa renda do Distrito
Federal. No início de 2008, uma professora de português percebeu que o menino
quieto possuía uma criatividade fora
do comum. Encaminhou o adolescente ao serviço que atende crianças com
altas habilidades no DF, que existe há 34 anos. Livre para estudar o que o
interessa e animado com a convivência com jovens como ele, se sente mais feliz.
Nas salas de recursos do DF (como são chamados os ambientes que
atendem os superdotados), os estudantes se encontram com professores treinados em identificar os talentos, as habilidades e
as necessidades de cada um.
Quem é encaminhado para uma das salas passa por avaliação. Eles
ficam em observação na sala durante alguns dias e também são analisados por
psicólogos, a fim de diagnosticar a superdotação.
“Logo em um dos primeiros encontros, entreguei um desafio de
matemática para o Elivelton que professores da área levaram uma hora e meia
para resolver. Enquanto voltava à mesa para pegar um papel na gaveta, ele disse
que havia terminado. Não acreditei. Foram segundos. E estava certo”, conta
Leila Branco, professora responsável pela sala de recursos que ele frequenta.
Os encontros com os jovens que são identificados com altas
habilidades – que podem tanto ser intelectuais quanto artísticas, por exemplo –
acontecem uma ou mais vezes por semana, sempre no horário contrário ao das
aulas regulares. Os professores se tornam tutores dos estudantes, os auxiliam a
desenvolver projetos e estudar o que mais gostam.
Talentos perdidos....
Os superdotados representam apenas 0,01% de todos os alunos
matriculados na educação básica, segundo o Censo Escolar 2009. O número, dizem
os especialistas, é
subestimado. A falta de informação e sensibilidade para identificar as habilidades demonstradas pelas crianças e adolescentes faz com que muitos talentos continuem escondidos por aí. Pior, podem ser prejudicados pela falta de atendimento adequado.
subestimado. A falta de informação e sensibilidade para identificar as habilidades demonstradas pelas crianças e adolescentes faz com que muitos talentos continuem escondidos por aí. Pior, podem ser prejudicados pela falta de atendimento adequado.
Andrea Azevedo, psicóloga do Atendimento Educacional
Especializado, afirma que o diagnóstico não é complicado. Mas é preciso ter
sensibilidade para identificá-los corretamente. “Três características precisam
andar juntas para que alguém seja identificado como superdotado: "habilidade
acima da média, alta criatividade e grande envolvimento com as tarefas”, diz.
Em geral, as crianças com altas habilidades são precoces. Andam
cedo, aprendem a ler espontaneamente, têm boa memória, são líderes e criativas.
Mas também podem fugir desse padrão. É comum, segundo especialistas, que alunos
mais agitados e menos concentrados nas aulas convencionais sejam diagnosticados
de forma errônea. Muitos são tratados como hiperativos, quando, na verdade, não
são.
Dângelo Saraiva de Souza, 15 anos, não dava sossego para os pais
ou professores. No programa desde abril de 2008, o estudante chegou a ser
reprovado na 3ª série do ensino fundamental. “Eu usava minha inteligência para
tocar o terror”, brinca o jovem. Depois do convite para participar dos projetos
na sala de recursos, tudo mudou.
“Achava tudo chato. Hoje, amo ler e escrever. Faço um
jornalzinho na minha escola, vou além dos conhecimentos que recebo em sala de
aula”, afirma Dângelo. A liberdade para estudar o que dá vontade é muito
valorizada pelos estudantes. “É muito legal poder escolher o que queremos
estudar”, garante Maiara Xavier, 13 anos.
Dificuldades práticas....
Leila Branco, responsável pela sala de recursos do Centro de
Ensino Fundamental 1 do Lago Norte, lamenta as dificuldades que enfrentam para
realizar o trabalho com os alunos. Além do espaço físico insuficiente, faltam
materiais (como computadores e internet) e transporte. “Não tenho condições de
levar esses meninos para museus, laboratórios nas universidades ou exposições,
por exemplo”, diz.
A professora acredita que o ideal seria ter uma sala de recursos
em cada colégio. Hoje, há 47 salas em todo o DF e 1.207 estudantes participam
do programa. “Despertaria a curiosidade de outras crianças. Acreditamos que a
quantidade de alunos que poderiam ser atendidos é muito maior do que a que
atendemos hoje”, defende Leila.
Délcio Batalha, gerente de Educação Especial da Secretaria de
Educação do DF, acredita que o número poderia ser multiplicado por dez. “É
preciso quebrar estereótipos ainda. Um superdotado não é um gênio. Isso
facilitaria a identificação também”, defende.
A "sala de recursos do CEF 1" - do Lago Norte
precisa de ajuda :
tipo: Computadores, Livros, softwares (avançados de preferência) e apoio logístico, mobiliário, etc
Quem quiser e puder ajudar (e deve fazê-lo!) favor, escrever para
brancoleila@yahoo.com.br.
(Agradecimentos: Brasil Escola, Google Imagens, UOL)