quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Da "Percepção Extra-Sensorial"


2a. parte)
Explicando a Percepção Extra-Sensorial. Conceitos básicos...
Percepção extra-sensorial é um termo coletivo para várias habilidades mentais . Essas aptidões (juntamente com outros fenômenos paranormais) também são chamadas de psi.
Os principais tipos de "percepção extra-sensorial" são: 
  • TELEPATIA - capacidade de ler o pensamento de outra pessoa.
  • CLARIVIDÊNCIA- capacidade de "ver" objetos e eventos acontecendo em um outro lugar..
  • PREMONIÇÃO- capacidade de ver o futuro..
  • RETROCOGNIÇÃO - capacidade de ver o passado distante...e remoto...
  • MEDIUNIDADE - capacidade de se comunicar com espíritos ...
  • PSICOMETRIA - capacidade de obter informações sobre uma pessoa ou um lugar ao tocar um objeto físico...
Um fenômeno muito parecido e relacionado ao tipo psi (tecnicamente não faz parte da percepção extra-sensorial) é a "TELECINESIA"- - que é a capacidade de alterar o mundo físico apenas com o poder da mente.
Todas essas habilidades são baseadas na idéia de que os seres humanos podem perceber coisas além do âmbito dos conhecidos sentidos corporais. Esse assunto está em voga desde o começo da civilização humana, sob diversos nomes diferentes, mas a concepção moderna não se desenvolveu até a primeira metade do século XX. O próprio termo "percepção extra-sensorial" foi inventado em 1934, pelo professor da Duke University ( em inglês) J.B. Rhine, um dos primeiros cientistas respeitáveis a liderar pesquisas sobre paranormalidade em um laboraratório de universidade. 
Aqueles que acreditam na percepção extra-sensorial têm diferentes idéias sobre como essas habilidades se manifestam. Alguns crêem que toda pessoa possui essas habilidades e que, involuntariamente, vivencia momentos de percepção extra-sensorial o tempo todo. Outros dizem que apenas alguns poucos paranormais, xamãs ou médiuns, têm poder especial e que só têm acesso a esse poder quando entram em um estado mental diferenciado. A maioria desses crentes acha que todos têm o potencial para a percepção extra-sensorial, mas que alguns estão mais sintonizados com suas habilidades paranormais do que outros... 
Entre os que acreditam também há discordância sobre como a percepção extra-sensorial realmente funciona. Uma teoria diz que, assim como nossos sentidos comuns, a percepção extra-sensorial é uma energia que se move de um ponto a outro. Normalmente, os defensores dessa teoria dizem que a energia da percepção extra-sensorial assume a forma de ondas eletromagnéticas, assim como a luz, o rádio e o raio x, que não podemos detectar cientificamente. 
Essa teoria foi bem popular no começo do século XX, mas hoje não é aceita devido a vários problemas inerentes. Um exemplo é que a explicação serve apenas para a telepatia, mas não para a clarividência e nem para a premonição. Supostamente, se a informação viaja na forma de energia eletromagnética, ela deve ser enviada por alguém, ou seja, tem de viajar de uma mente a outra. Isso não explica o movimento das informações através do tempo ou do objeto até a mente. 
Além disso, a teoria não está de acordo com o que sabemos sobre nós mesmos e sobre o universo. Na maioria dos casos relatados de telepatia, a percepção extra-sensorial funciona independentemente da distância. Isso significa que a potência do "sinal" é a mesma quando a mente transmissora e a receptora estão na mesma sala ou em extremos opostos do planeta. Céticos destacam que nenhuma outra forma de energia comporta-se dessa maneira, por isso não faz sentido que isso ocorra com as "ondas psi" - palavras dos Céticos....
Diante desses problemas, a teoria prevalecente entre os crentes, hoje, é a de que a percepção extra-sensorial é um resultado de algo além do mundo físico conhecido. Por exemplo, muitas pessoas vêem isso como algo que "transborda" de outra realidade. De acordo com essa teoria, além do universo físico de que temos consciência, todos existimos em uma outra dimensão cujas leis dominantes são completamente diferentes. O tempo e o espaço funcionam de maneira bem diferente na outra realidade, permitindo que saibamos os pensamentos de outras pessoas, acontecimentos distantes ou fatos que ainda não ocorreram na realidade física. Normalmente, nossa noção sobre esse plano de existência é completamente inconsciente, mas, de vez em quando, a mente consciente "capta" essa informação. 
Nem é preciso dizer que essa teoria não se encaixa em nosso conhecimento científico de mundo. De acordo com os defensores da teoria, não é esperado que ela se encaixe nessa concepção. Como os conceitos sobre Deus e pós-vida, a realidade hipotética não se basearia nas leis físicas do universo e dependeria da existência de algum tipo de alma. 
Desse modo, isso está em total desacordo com o nosso entendimento de mundo. Então, por que tantas pessoas acreditam na percepção extra-sensorial? 










Em favor da percepção extra-sensorial  - As convicções da maioria dos crentes vêm por meio de experiências pessoais ou de evidências de histórias relatadas. Se você tem um sonho que acaba se tornando realidade, com uma incrível riqueza de detalhes, você toma isso como prova da sua paranormalidade. Além disso, se você escuta incríveis histórias sobre percepção extra-sensorial, de fontes confiáveis, ficará cada vez mais difícil não levar o fenômeno em consideração...








Indiscutivelmente, o mundo está cheio dessas duas formas de evidência. A maioria de nós se depara com coincidências extraordinárias de vez em quando, e há muitos casos bem documentados de legítima premonição e clarividência. Por exemplo, em 1898, Morgan Robertson publicou "Futilidade" (em inglês), um romance sobre um imenso navio luxuoso chamado Titan. A história supostamente chegou até ele em uma espécie de “transe”....
No romance, o navio sibila através da densa neblina em uma noite de abril, quando bate em um iceberg e afunda, matando centenas de pessoas. Catorze anos depois, o Titanic, com estrutura e tamanho semelhantes ao navio ficcional, fez exatamente isso, na mesma época do ano, sob as mesmas condições. Em ambos os navios, o real e o da ficção, o número de mortes foi grande devido à insuficiência de botes salva-vidas a bordo...
Há dezenas de histórias famosas, a maioria não tão bem documentada, detalhando maiores ou menores exemplos de aparente percepção extra-sensorial no mundo inteiro. Porém, da mesma forma que essas histórias são atrativas para os crentes, são limitadas para os cientistas, pois ocorrem em um ambiente não controlado. Para, efetivamente, demonstrar algo com evidências concretas, os cientistas precisam conduzir experimentos estruturados em laboratórios e em condições bem controladas.  Desde os anos 30 do século XX, parapsicólogos do mundo inteiro têm feito apenas isso. J.B. Rhine, freqüentemente chamado de “pai da parapsicologia”, estava por trás de uma das primeiras e mais famosas tentativas, os experimentos das cartas Zener



As "cartas Zener" originais (com nome de seu planejador, Karl Zener) era um baralho de 25 cartas brancas comuns. Cada uma era pintada com um dos cinco modelos distintos. Cada baralho continha cinco cartas de cada modelo, assim qualquer um teria uma chance em cinco de adivinhar corretamente o modelo de qualquer carta em particular.
O experimento era simples: Rhine pedia que o sujeito adivinhasse qual era o modelo de cada carta e registrava o resultado. Na média, a adivinhação aleatória levaria a cinco (05) acertos por baralho de 25. Rhine concluiu que a precisão consistente acima desse nível, sem fraudes, indicaria capacidade de percepção extra-sensorial...
A comunidade científica estava certamente surpresa, e muito incrédula, quando Rhine declarou em seu estudo, "Percepção Extra-Sensorial" (em inglês) que alguns daqueles sujeitos adivinharam corretamente acima dos níveis esperados. Muitos contestaram os métodos de Rhine e sua credibilidade, mas em geral ele foi considerado um legítimo e verdadeiro cientista.
Nos anos seguintes ao trabalho pioneiro de Rhine, centenas de parapsicólogos conduziram experimentos semelhantes, às vezes com os mesmos resultados positivos. A maioria desses pesquisadores trocou os rígidos modelos das cartas Zener por imagens mais ilimitadas, como pinturas e fotografias. Em um experimento, um "emissor" concentra-se em uma imagem em particular (um alvo) e tenta transmiti-la telepaticamente a um sujeito isolado. O "receptor" descreve o que enxerga em sua mente enquanto a equipe de pesquisadores registra suas impressões. Ao fim da sessão, o “Receptor” tenta escolher o alvo correto em uma coleção de imagens criadas a partir das impressões.

Em experimentos com alvo ganzfeld (alemão, para "campo total"), desenvolvidos nos anos 70 do século XX, o “receptor” é desprovido de informações sensoriais para facilitar o foco em mensagens de percepção extra-sensorial. O indivíduo deita em uma sala com uma fraca luz vermelha, ouvindo ruído branco, com os olhos cobertos (por bolas de ping pong divididas ao meio, no experimento convencional). Na maior parte do tempo, nesses experimentos, os receptores passaram longe nas adivinhações, mas alguns descreveram as imagens alvo com detalhe surpreendente. Há vários exemplos de acertos incríveis em Investigador PSI: o experimento ganzfeld. Em experimentos semelhantes, planejados para testar só a clarividência, e não a telepatia, não há emissor, apenas um receptor...

Em um outro experimento popular, os sujeitos tentam influenciar uma máquina, como um gerador de números aleatórios, com a própria mente. Muitas vezes, os pesquisadores perceberam que os indivíduos parecem “ter alguma influência sobre o comportamento da máquina”....
Muitos parapsicólogos dizem que suas descobertas indicam a existência da percepção extra-sensorial, mas os céticos estão longe de serem convencidos (ainda)....



(Continua...)





(Agradecimentos ao Google Imagens)