DIA 29 DE AGOSTO:
"DIA NACIONAL DE COMBATE AO FUMO"!
CUIDE DE SUA SAÚDE....
(enquanto houver tempo...)
Os benefícios de parar de fumar - redução no risco de câncer e muitos outros problemas de saúde - são bem conhecidos. Porém, para milhões de fumantes o efeito tranquilizador de um cigarro pode ser motivo suficiente para voltar ao hábito.
No entanto, estudos descobriram que, na realidade, fumar surte o efeito oposto, fazendo com que os níveis de estresse aumentem no longo prazo. Para os dependentes, o único estresse que ele alivia é o da abstinência entre cigarros.
Num recente estudo, conduzido na London School of Medicine and Dentistry, pesquisadores acompanharam 469 pessoas que tentaram parar de fumar após serem hospitalizadas por problemas cardíacos. No início, os participantes tinham níveis parecidos de estresse e, no geral, acreditavam que fumar os ajudava a lidar com isso.
Um ano depois, 41% tinham conseguido manter a abstinência. Após controlar diversos fatores, os cientistas descobriram que os abstêmios apresentavam "uma queda significativamente maior no estresse percebido", de quase 20%, em comparação aos fumantes, que apresentaram pequenas mudanças.
A hipótese dos cientistas era de que os fumantes lidavam com os desconfortáveis desejos entre um cigarro e outro várias vezes ao dia, enquanto os abstêmios, depois de sofrerem com a abstinência inicial, gozavam de maior liberdade em relação aos desejos por nicotina - e haviam, consequentemente, eliminado uma frequente e importante fonte de estresse.
Outros estudos também descobriram que os fumantes enfrentam níveis elevados de estresse e tensão entre cigarros, e níveis mais baixos após deixarem de fumar. Assim, o efeito tranquilizador do cigarro é um mito, ao menos no longo prazo.[Fonte: site Terra]
Cardiologistas condenam "tabagismo passivo" em Congresso Mundial.
O tabagismo, especialmente os efeitos do fumo passivo sobre os não fumantes, tomou o centro do palco no Congresso Mundial de Cardiologia (WCC) 2010, realizado na China, com especialistas conclamando os cardiologistas a desempenharem um papel fundamental na redução do tabaco entre pacientes, e reduzir o fumo em suas localidades.
"Como cardiologista que atende pacientes diariamente, uma das coisas mais importantes que posso fazer é dizer que parem de fumar", disse Dr. Sidney Smith (Universidade da Carolina do Norte) à imprensa durante a reunião do WCC.
"É sem dúvida o principal fator de risco no mundo atualmente, e se você quiser fazer algo para realmente melhorar este planeta, você tem que se livrar do tabagismo e do uso de tabaco."
Smith, presidente eleito do Congresso, e diretor do conselho científico da Federação Mundial do Coração, disse que as novas diretrizes de redução do risco cardiovascular do Instituto Nacional de Saúde (NIH), da qual também é diretor, irão destacar a importância da cessação tabágica.
"Vamos ser claros sobre a importância da cessação do tabagismo e uso de tabaco, e do perigo não só para a pessoa que fuma, mas também do tabagismo passivo."
Em todo o mundo, cerca de 20% das doenças cardiovasculares são causadas pelo tabaco e, no entanto, surpreendentemente, nem todos estão conscientes da relação entre a doença cardiovascular, tabagismo e fumo passivo.
Na China, por exemplo, apenas 4% dos fumantes estão conscientes que fumar provoca doenças do coração, disse Smith.
E não faltam evidências científicas. Durante o Congresso, Dr. Lynn Goldman (Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, Baltimore, MD), apresentou dados do recém-publicado relatório do Institute of Medicine (IOM) que analisou 11 estudos verificados em diferentes regiões e países que implantaram ambientes livres do tabaco, mostrando que as proibições provocaram reduções no risco de enfarte do miocárdio. O benefício pode ser observado já no período de um ano da proibição ser implementada.
"Concluímos, com base na literatura disponível que existe uma relação causal entre a proibição de fumar e diminuição de problemas coronários agudos", disse Goldman durante uma sessão do WCC sobre o tabagismo e risco de evento coronariano agudo.
"E devo dizer que este é um padrão muito elevado de evidências que o Instituto de Medicina usa para confirmar a relação causal, o que desenvolveu entre nós um consenso nesta linha, indicando que temos poucas dúvidas de que existe um enorme benefício nas proibições".
Fonte de Pesquisa: www.tobacco.org
Elas estão fumando mais do que eles...
Pesquisa do Ministério da Saúde revela que houve um aumento de 3,9%.
Quando Edna de Souza, 49 anos, acende o cigarro, o marido, José Oliveira Santos, 26, faz cara feia. O contraste do casal, que mora em Florianópolis, configura o novo panorama da cidade. Dados do Ministério da Saúde (MS) mostram que o número de mulheres fumantes ultrapassou o de homens na Capital. O levantamento ouviu por telefone mais de 2 mil pessoas entre 12 de janeiro e 22 de dezembro de 2009. A pesquisa será divulgada na imprensa na segunda-feira.
De acordo com a pesquisa, o número de mulheres fumantes acima de 18 anos aumentou 3,9% em relação a 2006. São 5,6 mil a mais que estão adeptas do cigarro na Capital catarinense.
Além disso, conforme o último censo do IBGE (2000), das 275.116 pessoas com mais de 18 anos que vivem em Florianópolis, 143.548 são mulheres. Destas, a pesquisa do MS apontou 28,5 mil fumantes no ano passado, contra 27,1 mil homens.
O levantamento do Ministério realizado em todas as capitais brasileiras mostra que a realidade de Florianópolis é a mesma que a de outra capital do Sul do Brasil: Porto Alegre. Lá, o percentual de mulheres que fumam saltou de 17% para 22%, também igualando-se ao de homens. Com base nos números da população adulta da capital gaúcha, é como se 36,9 mil mulheres passassem a fumar nos últimos três anos.
Edna de Souza quer sair dessa estatística e, para isso, estabeleceu uma data para dar fim ao seu vício: 7 de julho. De acordo com ela, a decisão foi tomada não apenas pela insistência do marido e do neto Bernardo, de cinco anos. Mas, principalmente, por ela mesma.
– O cigarro é uma coisa que vai te destruindo aos poucos, como se você tivesse um machucado que vai aumentando a cada dia – compara.
O marido José ainda se mostra reticente quanto à promessa feita pela mulher. Ele diz não ter nada contra os fumantes, mas não suporta o cigarro. Nunca fumou. E torce por ela.
Se Edna vencer o vício vai passar a fazer parte de uma estatística que também não está nada favorável ao sexo feminino. Enquanto que os homens tiveram um aumento de 0,9% nestes três anos – de 24% para 24,9% –, as mulheres tiveram um registro contrário: queda de 0,2%.
FONTE: www.tobacco.org